ENTENDENDO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Desde o primeiro dia deste ano que nós, brasileiros, estamos tentando nos adaptar às modificações que ocorreram no nosso idioma. Modificações essas que já trouxeram muitas dúvidas principalmente aos estudantes, como por exemplo: “Será que todas as palavras anteriormente acentuadas perderam os seus acentos? ou “Como devo pronunciar a palavra lingüiça, já que a mesma passa a ser escrita sem o trema?”
Essas dúvidas são normais, porém tanto as escolas quanto a mídia já estão tratando de esclarecer a população quanto a essas e a outras modificações. Basta você agora ficar atento para não cometer erros, principalmente nos vestibulares e concursos que já estarão adotando estas novas regras:
· As palavras paroxítonas terminadas em “o” duplo não têm mais acento circunflexo. Em vez de “abençôo”, “enjôo”, “vôo”, nós teremos que escrever: “abençoo”, “enjoo”, “voo”.
· Não se usa mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “ler”, “ver” e “dar” e seus derivados, ficando corretas as grafias: “creem”, “leem”, “veem” e “deem”.
· O trema (aquele sinal representado por dois pontinhos em cima do “u” átono, quando este é pronunciado) não é mais usado, ficando corretas as grafias: “linguiça”, “linguística”, “sequência” e “frequência”. Entretanto a pronúncia continua a mesma.
· O alfabeto deixou de ter 23 letras para ter 26 com a incorporação das letras “k”, “w” e “y”.
· O acento que diferencia “pára” (verbo) de “para” (preposição) deixará de ser usado.
· A eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas como “assembleia”, “ideia”, “heroica” e “jiboia”.
· O hífen desaparece quando a segunda palavra começa com “s” ou “r”. Essas letras devem ser dobradas. Exceção para as palavras em que o prefixo termina em “r” ou “s”. Veja:
- anti-semita _ antissemita
- anti-religioso _ antirreligioso
- hiper-sensível _ CONTINUA
- super-requintado _ CONTINUA

Essa nova ortografia ainda vai conviver com a outra durante dois anos. Segundo o MEC, esse período é necessário para a adaptação da população e para que as editoras façam as modificações necessárias, embora a maioria dos livros didáticos já tenham sido alterados quanto ao novo acordo. O importante é que vocês ainda têm esse tempo para se acostumar a esse novo jeito de escrever certas palavras.